domingo, 12 de julho de 2009

O fantasma da carpintaria - parte 4

UM TEXTO EM 4 PARTES


Tudo correu bem durante as duas horas que Marina trabalhou. Nenhum fantasma, nenhuma alma penada, nada disso. Quando Marina saiu da carpintaria e foi em direção às escadas para ir embora começou a ouvir barulhos esquisitos, o som de uma respiração pesada e de passos leves. Seu coração batia acelerado. Resolveu correr.

Uma lâmpada falhando, fazendo aquele zumbido de eletricidade, uma goteira caindo bem longe com um eco distante, escuridão atenuada por faixas de luz cruzando os corredores, a mocinha corre desesperadamente. Uma câmera na mão, filmando ela de frente. Atrás dela só um vulto ocasional num contra-luz tenebrosamente sinistro.

De repente Marina parou de correr com um olhar de profundo terror e pânico. Um pedaço de madeira. Não conseguia ver o rosto do agressor, já que uma sombra densa encobria suas feições. Tentou usar suas mãos para empurrar as do maníaco para longe de si. Quando colocou as mãos sobre as do homem sentiu uma mistura de decepção, tristeza e pânico. Na mão dele estava aquele inconfundível anel de aço com o emblema do lanterna-verde.

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