domingo, 7 de março de 2010

Carnaval

Durante todos os dias de Carnaval, o sol brilhou, mas na 5ª feira, choveu. O dia amanheceu triste e cinzento. Num acesso de visão poética, dá até pra dizer que a cidade chorava por se despedir de todos que vieram pro Carnaval e, relutantes, iam embora.

Fim de Carnaval tem um quê de lirismo. É alguma coisa com todo aquele confete jogado no chão, as fantasias largadas em cima de latas de lixo e as serpentinas penduradas de fios de eletricidade e árvores... Tudo parece tão melancólico, mas ainda sim bonito.

Carnaval é uma festa do povo. A festa mais democrática de todas. É gente velha, nova, gorda, magra, feia, bonita, estrangeira, brasileira, pobre, rica, gay, hétero... Todo mundo se mistura e ninguém questiona. Ninguém julga e todo mundo se junta por um objetivo comum: pular Carnaval.

Em cada esquina tem um bloco. Pra chegar em um, passa pelo meio do outro. No metrô e nos ônibus as pessoas cantam marchinhas e sambas enredo. A cidade respira alegria e Carnaval.

É sempre assim. Carnaval vem, espalha alegria e depois se vai. Mas ano que vem tem mais, graças a Deus