terça-feira, 30 de junho de 2009

Lolontra e Peixoto

Semana passada eu precisava fazer uma viagem de negócios, mas era só uma noite, então não achei que seria um problema deixar meu bichinho de estimação, a Lolontra, sozinho.

Saí terça à tarde e quarta de manhã já estava de volta. Percebi que tinha deixado passar um detalhe. Olhei pro aquário em cima da cômoda e uma lágrima caiu do canto do meu olho.

Lolontra tinha comido o Peixoto. E não pude fazer nada com a Lolontra. Ela tinha engasgado e morrido sufocada com o Peixoto. Pobre peixe beta inocente, lutou até o fim.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hoje

Atualmente as coisas são normais, mas presumo que daqui há milênios, o que hoje é normal vai passar a ser peculiar, raro e peça de museu.

Hoje carros andam no chão, mas não por propulsão humana, e não viram maletas. Aparatos de utilidade doméstica são máquinas elétricas e não animais. Mas não têm vida e personalidade próprias. O material mais utilizado pra tudo é o plástico, não pedras poeirentas, nem metal extra-limpo. Roupas não são de peles multicoloridas, nem de tecidos colantes cheios de argolas decorativas e anteninhas.

Escrever hoje pensando em milênios à frente é estranho. É como os Flintstones mandando uma carta pros Jetsons. Na realidade, hoje fica entre os Flintstones e os Jetsons, hoje é só um meio-termo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dizem que Krypton vai explodir

NOTA: Eu não estou obcecada por Krypton, nem nada assim. Na verdade esse texto e o anterior são duas abordagens diferentes pra um mesmo tema: "Em algum lugar do passado". Era pra escrever o texto se baseando em algum acontecimento histórico. Mas eu não podia ser normal e escrever sobre coisas da Terra. Nããããão, eu tinha que ser a nerd que escreve sobre Krypton. Depois eu não sei porque o professor me odeia...

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O jeito que as pessoas lidam com problemas é perturbador. Agora tão vindo com essa idéia de que Krypton vai explodir porque o núcleo é instável e blá blá blá. Ok, tivemos nossos problemas, nossas guerras, mas o planeta ainda vai muito bem, obrigado. Poxa, todo mundo passa por guerras e situações-limite de vez em quando!

Em Thanagar eles tiveram aquele problema com os Gordanianos, perderam a guerra, mas ainda tão lá, super bem. Tiveram atritos com Rann, também, mas no fim voltaram à vida normal quando os Lanternas Verdes corrigiram a órbita do planeta. Falando em Lanternas, em Korugar, o Lanterna Verde Sinestro ficou doido e achou que o planeta só ia funcionar se ele fosse o governante supremo. Os Guardiões do Universo descobriram tudo e mandaram ele pro universo Qward de anti-matéria e pronto, tudo resolvido.

Porque os kryptonianos derrotistas tem que dizer que nosso planeta vai explodir? É coisa da Família El. Eles são doidos por lá. Principalmente o Jor-El. Ele é que veio com essa história de que o núcleo é instável e é isso que causa os terremotos constantes, e que logo o planeta não vai mais resistir, então a gente tinha que restabelecer o programa espacial pra construir uma estação... Enfim, uma balela. Só quem apóia ele é o Zor-El. E a Lara também. Mas irmão e esposa não contam.

Agora dizem que ele construiu uma nave e vai mandar o filhinho dele e da Lara, o Kal-El, pra Terra. Ele é pirado. Mandar o menino pra aquele antro de lunáticos perturbados que é a Terra... E pra nada! Ele nunca mais vai ver o menino porque é um paranóico... Ninguém sabe o que fazer, a cada terremoto fica todo mundo aí, em pânico, desesperado. E por quê? Por nada. Por causa de um louco que não sabe o que tá falando. Até parece que Krypton vai explodir assim de rep..

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A verdade sobre a explosão de Krypton

ATENÇÃO: Esse é um texto enorme, não exatamente bom, cheio de informações incorretas sobre Star Wars e Superman. Mas é legal. Não quer ler?


Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante...

[Entra a música]

STAR
WARS

[Letreiros amarelos sobem]

Os jedis haviam sido exterminados.
A Galáxia era governada com punhos de
ferro por um Império totalitário e repressor.

O 1º Império Galáctico se baseava
no terror e na Intimidação para
manter a ordem na galáxia.

Os primeiros focos de resistência Rebelde começaram
a surgir assim que foi anunciada a nova forma de governo.
Mas o poder de fogo do Império estava prestes a ser ampliado....

[Câmera faz um tilt pra baixo e vemos um Star Destroyer Imperial cruzar o espaço interminavelmente]

Ok, introdução-padrão feita, seguindo:

Como 3º controlador de sub-operações secundárias de um Star Destroyer Imperial (o principal, eu gostaria de dizer), eu costumo ouvir bastante coisa. Isso porque a mesa de operações de minha responsabilidade (a que regula dróides-esfregão e dróides-desentupidores) fica bem embaixo da plataforma de observação.

Governador Tarkin e Darth Vader costumam se reunir ali. Algumas vezes até o Imperador comparece holograficamente. Sei que é uma aparição holográfica quando ouço a voz mas não escuto os passos. No meu turno passado ouvi algumas coisas que me deixaram um pouco perturbado.

Afinal de contas, o Império é responsável por manter a ordem na galáxia, sem se descuidar da paz. Eu sei que os métodos utilizados pelos oficiais imperiais são no mínimo questionáveis, mas nunca imaginei...

Bom, ouvi Lorde Vader conversando com Governador Tarkin. Tarkin queria iniciar os testes da Estrela da Morte, a maior e mais moderna estação espacial já construída. Dizem que será do tamanho aproximado de uma das luas de Yavin. Parece que nessa tal Estrela da Morte serão instalados centros de formação de Storm Troopers. Mas pelo que ouvi da conversa, não é essa a função principal desse terror tecnológico que eles criaram.

A conversa, estranhíssima, foi assim:

— Lorde Vader, o prazo da equipe de construção está prestes a terminar e eu não vejo resultados concretos. Isso me preocupa.

—A Estação estará em operação dentro do prazo estipulado. Se não estiver concluída os responsáveis por ela sofrerão as conseqüências de sua negligência e sentirão o poder da Força.

— A Estrela da Morte precisa estar em condições de teste. Os Rebeldes estão instalados em pelo menos três bases diferentes. As suposições para duas delas são Hoth e Yavin 4, mas descobrimos que o Senador Bail Organa, em Alderaan, é um traidor e membro-fundador da chamada Aliança Rebelde.

— Não pense que a solução para os problemas com a resistência Rebelde está nesse terror tecnológico que vocês construíram. A habilidade de explodir um planeta inteiro é insignificante perto do poder da Força. Tarkin estava imóvel, não se mexia, não andava. Certamente paralisado pelo terror. Vader caminhava de um lado a outro da plataforma de observação. Foi a voz trêmula de Governador Tarkin que quebrou o silêncio.

— Obtive informações sobre um planeta localizado no fim da galáxia que pode servir como a perfeita situação teste para a Estrela da Morte.

— É um planeta deserto, Governador?

— Ao contrário. Krypton é um planeta habitado, mas acabou de sair de uma terrível guerra. São conhecedores de avançadas tecnologias e constituem uma ameaça real ao Império caso um foco de subversão surja em seus domínios. Se explodíssemos Krypton estaríamos testando nossa arma e nos livrando de uma potencial ameaça.

Vader só respirava. Tarkin continuou:

— Krypton está prestes a explodir. Bem, não num futuro imediato, mas nos próximos 1000 ou 2000 anos. O núcleo do planeta é formado de uma substância radioativa e instável.

— Seus motivos não justificam que se elimine o planeta, Governador. Saiba que se levar esse teste a cabo, estará indo contra a minha vontade.

E Vader saiu andando com passos irritados. Ou tão irritado quanto ele poderia caminhar, com seus movimentos robóticos. O que mais me surpreendeu nessa conversa não foi a capacidade de assassinar inocentes a sangue frio que os oficiais do Império parecem ter. O mais surpreendente foi que nunca pensei que Darth Vader pudesse ser tão... humano.

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Ah, sim, a piada está em Darth Vader ser tão humano. Era mais fácil ele mandar explodir logo três planetas que ter compaixão por alguém.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Marina, o carro estragado e o castelo

“Era a noite fria e lúgubre de uma sexta-feira, 14 de agosto. Chovia muito e por isso quase não se via a estrada, exceto por cada vez que um raio cruzava o céu. O vento puxava e empurrava o carro e era difícil dirigir. Só se ouvia achura batendo com força no teto e nos vidros do carro e um ou outro trovão forte o suficiente para superar o barulho da chuva.

‘Pelo menos hoje não é sexta-feira 13.’, pensou Marina depois de olhar o relógio digital seu seu carro. A chuva deixava Marina um pouco nervosa, porque ela não conhecia a região da estrada. De repente seu carro começou a agir estranhamente. Não respondia aos comandos de acelerar. Encostou o carro em uma área maior do acostamento, ligou o pisca alerta e cuidou de todos aqueles procedimentos de segurança, triângulo, galhos... Resolveu sair para buscar ajuda.

Enquanto Marina andava pela beira da estrada, mentalmente chamava a mãe do mecânico do seu carro de uns nomes não exatamente agradáveis. Cada vez que via um raio pensava que talvez pudesse ser um carro que se aproximava. Caminhou por milhões quilômetros, ou assim lhe pareceu, tiritando de frio. Ao virar uma curva da estrada avistou um castelo misterioso em una montanha. ‘Salvação’, murmurou Marina para a chuva, que tragou suas palavras sem piedade.

A subida para o castelo não foi fácil, o terreno era íngreme e a chuva tinha feito a terra virar lama, mas Marina conseguiu chegar à porta. Ao entrar notou que a porta rancia fortemente. Sentiu um tremor estranho percorrer todo seu corpo. ‘Deve ser o frio’, pensou. Observou atentamente o interior do castelo, mesmo que, na verdade, tivesse medo do que pudesse acabar por ver. Parecia que não havia coisa ou pessoa alguma ali, então Marina partiu a explorar.

Subiu as intermináveis escadarias com um medo que crescia em seu peito a cada degrau que subia. Quando terminou de subir a escadaria, se deparou com uma porta. Antes de abri-la, parou por uns instantes, como se buscasse coragem. Empurrou a porta e encontrou apenas salas e mais salas, todas abandonadas e vazias, exceto por ratos que habitavam os cantos com seus ninhos e aranhas que teciam suas teias pelo teto. Todo o lugar cheirava a umidade e abandono.

Mas em um piscar de olhos todo o ambiente se iluminou e uma música de órgão começou a tocar ensurdecedoramente. Marina se assustou e gritou quase tão alto quanto a música. O grito de Marina pareceu despertar hordas de morcegos ensandecidos. Voavam como loucos e se…”

— Cara, mas que história previsível…
— Não gostou?
— Nem terminei de ler. Já sei como vai terminar. Um vampiro vai aparecer do nada e atacar a menina, não é?
— Na verdade, não, não é.
— Ah, não?
— Não, não é, tá? Não aparece um vampiro. Quem surge é o vampiro! É Nosferatu, Phantom der Nacht!!!
— Não deixa de ser um vampiro.