Outro dia enviei uma mensagem a três pessoas diferentes. As reações me levaram a pensar mais ainda em como tudo é tão diferente em Brasília.
Mensagem:
Alguém quer ir ao cinema na sexta? Esse SMS é um oferecimento: Projeto Ana Não Vai Virar Brasiliense 2009.
Explico: Brasilienses fazem tudo sozinhos, são auto-suficientes. Eu estava ficando assim, mas resolvi me forçar chamar as pessoas, pra não ficar tão individualista assim.
As respostas foram interessantes:
Resposta #1:
Hahuaha. Siiim. Me passa o lugar e a hr depois q eu estarei la =)
Resposta #2:
Massa. Que filme?
Resposta #3:
Depende do filme e horario.
Comentários deveras desprovidos de imparcialidade: (Para manter o anonimato dos sujeitos citados, serão chamados de Um, Dois e Três, respectivamente.)
Essas mensagens só servem como mais evidências para minha teoria de que brasilienses são frios, fechados e não apreciam qualquer tipo de humor que envolva uma piada sobre eles, a não ser que ela tenha sido feita por um deles. Às vezes nem assim.
Um não é brasiliense, obviamente. Um respondeu de forma expansiva, alegre e parecia que a idéia de ir ao cinema era realmente empolgante. Mesmo que talvez não fosse, Um não fez com que tudo parecesse uma obrigação entediante.
Dois é semi-brasiliense, ou seja, não vive em Brasília desde sempre, mas sempre passou muito tempo na cidade. Dois deu uma resposta menos animada, mas de certa forma interessada. Dois é uma espécie de elemento de transição entre o calor não-brasiliense de Um e a frieza gélida e ártica de Três.
Três é totalmente brasiliense. É tão brasiliense que dá medo. Sua frieza é capaz de congelar até mesmo o calor dos 15º de latitude Sul dessa Brasília. Três dá uma resposta fria, seca e dura. Para os desavisados que viemos de fora, parece uma grosseria. “Talvez Três não queira ir a lugar nenhum comigo e me odeie” Pensa o pobre forasteiro. Mas não, Três é brasiliense e os brasilienses são assim mesmo. Demonstrações de afeto são diferentes em Brasília. Tudo é diferente em Brasília.
Adorei!!! Ri muito. Valeu pela referência, hehehe.
ResponderExcluirE a palavra da vez foi feryinf.
TrÊs sou eu para os desavisados!
ResponderExcluirOrgulho-me de ser brasiliense.
Adorei a irreverência do texto!